Atualmente os documentos para Educação Infantil compartilham da concepção da criança como ser produtor de cultura, que se constrói nas
relações sociais, e que precisa ter sua autonomia respeitada. Essa uma
concepção, que vê a criança como um ser
particular, com características diferentes das dos adultos, e com direitos de
cidadão , tem como base o referencial
sócio-histórico da psicologia nos estudos da infância é encontrada também nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil, principal
documento que regulamenta a EI hoje.
“Art. 4º As propostas
pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do
planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações,
relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e
coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta,
narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo
cultura.” (Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil, BRASIL, 2009)
À
medida que a criança é compreendida como ser ativo, criador de cultura, é
importante considerar seu processo de construção de significados nos diferentes
momentos (como, em suas nas brincadeiras, gestos e palavras). Seguindo essa
orientação teórica, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil trazem a avaliação como um processo pautado no acompanhamento do
desenvolvimento das crianças através da:
I - a observação crítica e
criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no
cotidiano;
II - utilização de
múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias,
desenhos, álbuns etc.);
III - a continuidade dos
processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos
diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição
casa/instituição de
Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição
creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental);
IV - documentação
específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às
crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na
Educação
Infantil;
V - a não retenção das
crianças na Educação Infantil.
(Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil, BRASIL, 2009, art. 10º)
“Cuidar
é educar, é acolher a criança, encorajá-la em suas descobertas; é ouvi-la em
suas necessidades, desejos e inquietações; apoiá-la em seus desafios,
reconhecendo-a como sujeito das práticas que a ela se dirigem” (KRAMER, 2009)
BIBLIOGRAFIA:
CUSTÓDIO, Paula. Avaliação na Educação Infantil: A perspectiva da Creche UFF. Trabalho de Conclusão de Curso (Pedagogia) – Universidade Federal Fluminense - Niterói, 2011
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